REFLEXÕES ANALÓGICAS E ZOOLÓGICAS

Certa vez, conversando com um dono de oficina de motos enquanto aguardava os reparos na minha, passamos pelo assunto da mutabilidade de crenças e pensamentos.
Somos seres falhos, em constante aprendizado, já que, ninguém é dono da verdade nem seu proprietário exclusivo. Existem divergências em todos os assuntos imagináveis e inimagináveis que possamos conceber. O sucesso de alguns, jamais pode vir como uma fórmula infalível para ser aplicada a outros. Cada um é cada um, todos somos imperfeitos e perfeitos, porém, em contextualidades também diferentes.
Nossas opiniões sempre se refletem ao momento, ao número de informações obtidas, à forma como essas informações nos chegaram.
Então, logicamente pensamos e formulamos uma linha de raciocínio que nos parece mais conveniente ou acertada dentro das melhores possibilidades para todas as partes.
O verbo pensar, não é simplesmente feito para se conjugar, mas sim para se praticar. Tão importante é isso em nossas vidas, que acabamos nos esquecendo de... pensar!

O voto obrigatório no Brasil, expõe exatamente o que "pensam" nossos governantes sobre nós. Com certeza nos acham um bando, ou melhor, uma manada de seres impensantes prontos a serem amestrados sem processos dolorosos, mas com técnicas hoje já utilizadas em animais para distribuir sempre a melhor recompensa.

Falamos besteiras, escrevemos besteiras, ouvimos e lemos besteiras o tempo todo. É normal, até aceitável, desde que prevaleça sempre a boa educação. Temos o senso crítico mais afiado do que o autocrítico. Também é normal, mas a anormalidade vem em não reconhecer quando efetivamente erramos. O que mais me causa estranheza nos relacionamentos em quaisquer níveis, são justamente os pensamentos fixos, aqueles em que os "cabeças duras" como são "pejorativados" se jogam indiscriminadamente uns contra os outros.

Guerras longas e sangrentas foram causadas por essas entidades ou pessoas. Quando fazemos parte de alguma associação, logicamente não concordamos 100 porcento em tudo o que ela nos impulsiona a seguir, somos singulares e afinal de contas, pensamos por conta própria. Não podemos, nem devemos agir como manada. Os tais cabeças duras fazem de tudo para apontar suas certezas como únicas e verdadeiramente viáveis acreditando sempre que o grupo dominado as deva seguir sem contestação.

Exemplos desses são facilmente identificados nas diversas correntes ideológicas espalhadas pela história da humanidade, assim como os seus resultados. O radicalismo exacerbado já plantou milhões, senão bilhões de seres humanos no esquecimento perpétuo sob a terra, e ainda não aprendemos.

Se alguém me prova, ou melhor, me faz pensar com mais lógica sobre determinado assunto apresentando argumentos convincentes, qual o mal em entender e até, por que não, abraçar a tal ideia? Qual o mal terrível em aceitar que estava errado e tentar me desculpar corrigindo meu erro posteriormente? Testosterona? Ego? Que merdas são essas que trazemos justamente daqueles que vivem em manadas e não em grupos que se dizem civilizados?

Hoje em dia os adolescentes seguem diversas tribos, grupos que lhes causam ideias que assimilam como suas próprias,  colocam-se em linha a esses comportamentos, mas um dia crescem, abandonam tudo quando os estímulos passam a ser outros, as identidades exigem maiores compromissos, a vida pede mudanças e a biologia exige novos pensamentos.

Na política, a guerra se tornou de ataque e defesa como em times esportivos. Ninguém está nem aí para os fundamentos, para as propostas, para os anseios daqueles que realmente precisam. Tudo o que querem, tudo o que fazem, tudo o que almejam de verdade, é tão somente o poder. Defendem suas traves enquanto apontam os ciscos constantemente. Isso é política.

Quando um povo é realmente politizado, tudo bem, mas como em nosso caso o brasileiro NÃO É, fica tudo muito fácil para esses parasitas da sociedade.

Não querem ser políticos, mas deuses. Exigem tributos cada vez maiores, não devolvem em benefícios, e quando o fazem, é tão somente de uma mediocridade contrastante em relação às dádivas que recebem.

Acreditam, (e tem motivos para isso) que basta jogarem os restos de suas fartas mesas aos cães, e esses irão se matar em seu nome.

Cães, hienas, e outros que vivem em bandos se matando são assim. Lutam, matam e morrem por uma carniça qualquer. Se sentem recompensados agindo dessa forma.

Já alguns felinos não. Por isso me identifico com o tigre, meu símbolo no horóscopo chines.

O problema que vejo, é que todos tem potencialidades de serem tigres, porém, se sentem felizes em serem apenas esses abutres sem asas.

...melhor para os donos das mesas fartas..

...pior para nós...

...que ainda somos "obrigados" a escolhê-los...




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